Conhecer as propriedades do colchão pode ajudar na tomada de decisão na hora da compra, considerando, principalmente, a capacidade que ele tem para acomodação correta da coluna.
Para auxiliá-lo na escolha do colchão, preparamos este artigo com informações sobre as características e benefícios dos diferentes tipos de espuma. Confira!
Qualidade do colchão
Os tipos de espuma para colchão interferem na forma como o corpo se acomoda quando está em repouso. Ou seja, na maneira como o colchão se adapta ao peso colocado em cima dele.
As espumas utilizadas na composição de colchões são diferenciadas de acordo com a tecnologia aplicada. Elas podem ser terapêuticas, com capacidade para distribuir o peso do corpo. Também podem apresentar características antialergênicas ou, ainda, ter um efeito flexível de retorno ao formato original quando pressionadas.
Assim, colchões com funções terapêuticas podem trazer muito mais que conforto, ajudando na circulação sanguínea, na oxigenação das células e até na desintoxicação do corpo. Há, ainda, opções em que a superfície faz massagem em partes específicas do corpo durante a noite.
Um colchão de espuma de qualidade apresenta, em média, cinco anos de durabilidade, tendo um bom custo-benefício. A espuma confere mais firmeza ao colchão, sendo que a densidade de cada produto varia de acordo com as necessidades do consumidor.
A escolha do tipo de espuma é tão importante quanto a sua densidade. Um colchão muito mole ou deformado com o uso pode provocar alterações na coluna, gerando dores nas costas e articulações, podendo resultar em um sono agitado e com várias interrupções.
Densidade
É uma correlação de firmeza do material e peso corporal estabelecida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Quanto maior a densidade do colchão, mais peso ele suporta. Nesse sentido, é importante escolher a densidade correta para evitar problemas na coluna e dores nas articulações.
É interessante observar que uma densidade maior do que a indicada não acarreta nenhum problema, porém, se for menor, provoca deformações no colchão. No caso dos colchões de casal, a densidade deve se adequar à pessoa mais pesada.
Uma indicação para a hora da compra é solicitar ao vendedor uma tabela de densidade que contém as correlações de peso e altura, garantindo assim a compra com a densidade ideal. Confira as especificações a seguir:
- D23 — até 60 kg;
- D28 — até 80 kg;
- D33 — até 100 kg;
- D45 — até 150 kg.
Tamanho
Outro ponto a ser analisado é o tamanho do colchão. Esse cuidado deve ser tomado ainda durante a compra da cama, mas, se não foi o caso, vale a pena considerar a troca de móvel caso haja dificuldades para dormir.
Isso porque um colchão muito pequeno pode atrapalhar a noite de sono, principalmente de casais, o que gera mais estresse e cansaço durante o dia.
A espessura não altera a qualidade do sono, desde que o colchão esteja dentro da densidade adequada. O que deve ser observado é a existência de deformações em algum local, que faz com que o corpo se adéque ao colchão, e não o contrário, que é o ideal.
A variedade de medidas entre os colchões do mercado brasileiro é grande. Um colchão de solteiro mede cerca de 0,98 m x 1,98 m. Os de casal começam com a medida de 1,38 m x 1,88 m, mas esse modelo pode ser pequeno dependendo da altura e peso das pessoas que o utilizam. Existem também as Queen Size (1,58 m x 1,98 m) e King Size (1,93 m x 2,03 m). Além desses, há ainda outros tamanhos intermediários a esses, que podem ser o ideal para você.
Tipos de espuma para colchão
Espuma convencional
É o tipo mais básico de espuma para colchão, mas isso não é sinônimo de pior qualidade. O poliuretano é sua matéria-prima, sendo que o material sintético também é utilizado para fabricação de outros tipos de espuma para colchão.
Os benefícios dessa opção são sua baixa deformação com o peso (se comprado na densidade adequada ao peso), o que garante mais firmeza do corpo e evita dores na coluna e articulações, além de promover um dia a dia mais tranquilo.
Rabatan
Feita com poliuretano especial, com combinação de 22 produtos, essa espuma possui um corte em baixo e alto-relevo. A composição conta com elementos que garantem mais higiene, mantendo as bactérias longe do colchão.
O Rabatan, ou perfilado terapêutico, possui uma superfície em alto-relevo — semelhante a pequenos mamilos — que oferece um toque confortável e firmeza adequada, pois amortece e distribui suavemente o peso do corpo.
O alto-relevo promove uma massagem, similar às técnicas do-in, nos diferentes pontos da acupuntura, aliviando dores e contribuindo para o tratamento de diversas doenças. Ele também tem a capacidade de redistribuir a pressão sobre a rede vascular, reduzindo as ocorrências de pontos isquêmicos, dormências, varizes e câimbras.
Látex
O látex é uma matéria-prima (seiva) extraída das árvores seringueiras e utilizada em vários tipos de borracha. Os colchões podem ser elaborados com 100% de material orgânico, 100% sintético ou na forma híbrida — com a mistura de ambos.
As espumas de látex podem ser encontradas no mercado com duas tecnologias de fabricação: a Dunlop (mais tradicional), que produz um látex leve e firme, e a Talalay (mais recente), um tipo híbrido que, utilizada nas versões sintéticas, proporciona um toque macio e aveludado.
Com o aprimoramento da tecnologia, o látex Dunlop evoluiu em termos de durabilidade e consistência.
O efeito desse material é semelhante ao do viscoelástico, proporcionando uma experiência confortável que minimiza os pontos de pressão e se molda ao corpo. Ele também tem a propriedade de repelir ácaros, bactérias e demais micro-organismos, já que esses não sobrevivem na borracha.
O látex oferece, ainda, durabilidade ao colchão e flexibilidade com retorno digital, que possibilita a volta à forma original após pressões do corpo.
Visco
Esse material começou a ser utilizado pela NASA em revestimentos das naves para absorver impactos. A partir do desenvolvimento dessa tecnologia, ele começou a ser usado na fabricação de colchões.
O visco oferece diversos benefícios como o alívio da pressão corporal, a adaptação às curvas do corpo, temperatura agradável e propriedades hipoalergênicas que evitam o acúmulo de umidade e ácaros.
Ele é superior ao látex em conforto, ativação da circulação sanguínea e alívio dos pontos de pressão, suportando bem as articulações. Esse aspecto, aliás, é o seu grande diferencial.
Viscoelástica gel
Com mesma tecnologia da espuma viscoelástica tradicional, esta opção apresenta partículas de gel em sua composição, o que ajuda ainda mais na dissipação do calor pela área do colchão. Ou seja, é uma ótima opção para quem se incomoda com suor ou com a temperatura que o colchão atinge durante a noite.
Esse tipo de espuma também garante alívio da pressão corporal e se adapta facilmente às curvas do corpo.
Soft
A espuma Soft é um material flexível, como o viscoelástico, que foi projetado para proporcionar um toque macio com alto alongamento e baixa resistência à compressão. Ela também oferece maior capacidade de retorno digital em relação às tradicionais.
Espuma Hiper Soft
Para quem gosta de um toque macio, colchões com espuma hiper soft podem ser a escolha ideal, já que suas principais características são a maciez e a baixa resistência à compressão, que são ainda maiores em comparação com a espuma soft.
Comprado com a densidade correta, o conforto vai muito além do toque aveludado, já que a espuma, mesmo mais “fofa”, não traz problemas ao corpo. Todas essas características fazem com que a espuma seja bastante utilizada em colchões de alto conforto.
Espuma HR
Uma das principais características desse tipo de espuma é sua rápida recuperação à forma original quando colocado um peso em cima. Assim, ela se torna mais confortável e adequada ao formato do corpo. Outro destaque é em sua durabilidade, já que seus efeitos podem acompanhar toda a vida útil do produto sem que haja deformação da espuma.
Pillow Top
O termo “Pillow Top”, derivado do inglês, refere-se a um tipo de “travesseiro gigante” colocado sobre o colchão, conferindo maior maciez à superfície e reduzindo as ondas provocadas pelos movimentos do corpo. Esse é um revestimento extra que pode ser adquirido de forma avulsa.
Os que são elaborados com espuma apresentam maior rigidez e suportam mais peso. Já os confeccionados com viscoelástico são indicados para quem sofre com dores nas costas, pois permitem um amoldamento ao corpo independentemente do biotipo.
Colchão de espuma vs. colchão de mola
Afinal, qual a diferença entre um colchão de espuma e um colchão de mola? O primeiro, como você já viu, pode ser formado por diferentes densidades e tipos de espuma. No caso do colchão de molas, a indicação de acordo com a massa continua, mas o cálculo é feito por quantidades de mola por metro quadrado do produto.
Os colchões de mola podem ser confortáveis, principalmente para aqueles que preferem colchões menos firmes e com mais movimento (o que não os torna piores que os de espuma).
No caso de casais, é necessário observar o tipo da mola, levando em consideração o desconforto do parceiro, que pode acordar várias vezes durante a noite por conta do movimento do colchão.
Conforme pudemos observar, na hora de escolher o produto, é importante considerar os tipos de espuma para colchão, além de avaliar a densidade ideal de acordo com seu peso. Isso fará com que as necessidades individuais de acordo com o biotipo sejam atendidas, visando a garantia de um sono reparador e melhor qualidade de vida.
A escolha correta do colchão garante uma noite de sono melhor, mas os cuidados com o produto também fazem com que o bem-estar seja maior e mais duradouro. Que tal conferir nossas dicas para cuidar do seu colchão e ter conforto por muito mais tempo?